Habitar teu olhar Instantes Sorrir às cores fortes Catatua e amor Verde Na floresta de feitiços Imagens aguçadas Penduro meu ser Amante em ti Espaço, transe! Nas rugas do deserto No saltitar da areia Ventos em melodia Silvos de teu nome Batem,batem…
Estás para cá Da distância Num sol espalhado Derretido, em ápices. Por entre janelas Vejo-te em teu véu. Do cinza nasce o branco Falta o nítido Por estares rígida E só a cortina viver A brisa deambulante. Passos para mim Soam o gongue e o último gesto Já estendo os dedos desta mão Voam na vontade De tanto, tanto… te querer Aqui onde moras No repouso das braçadas, do lago Barca da alma…flutua.
As estrelas brilham Despidas do negro Trespassam nuvens Para sorrirem. Vislumbro-te assim Próxima, inquieta Perdida só em espaços Meditando ao lugar Onde envolves Os pingos de pensamento Que me devolves Ao sítio onde moramos. Santuário de nascimentos Clareando o trilho Nas madeixas do verde Caídas do bordo Entre as cores vistas Do nosso tom Tintas de água, sons e cor Com traços da serra, tu E do mar, meu Com o harpejo Das braçadas no vento.
Pegas na lista. A ementa passa à tua frente, num olhar de ti. Escolhes num ápice uma ideia que te deixa meditando, criando, prolongando o melhor, o pior… Quando acordas dessa aventura, se és optimista, estiveste na incursão agradável. Se vês mais o lado escuro, ficas a olhar o sonho desabado. Quem ganha e quem perde nesta longa-metragem? – O positivista ou o negativista? Já pensaste que foste o realizador de um filme que por ti passou e não investiste, em esforço, em actores, cenários, argumentistas… Puseste em cena as personagens caídas do nada, do tudo, por opção ou simplesmente saídas dum pensamento discorrente e foste o supervisor de todas as cenas. Foste personagem a maioria das vezes e mesmo actor principal. Não recebeste Óscares, mas a tua alma não deglute objectos, nem da matéria se alimenta. Cuidas dela com a introdução de novas ideias e a aceitação não tácita dos outros. Ganhas com o cruzamento de tantos pensamentos, donde surge sempre outra ideia. O rio corre sempre cada vez com mais caudal. Aí podem saciar-se outros pensantes e o teu olhar ganhará o brilho do volume, do carinho do círculo e da chama que se ilumina pelo interior.
O Horizonte Adormece aos olhos; A penumbra Dá à estepe a chama, Sem grilhões, Os sonhos recalcados, Num semblante, teu. E os pingos de timbres Arrastam – me À certeza virgem Do lamaçal fértil Do nascer Que cresce, quando vens. E em bicos de pés Na harmonia Dum silêncio educado Colocas um só dedo Na tez que escuta O teu imenso querer. Baloiçam os movimentos Cruzam-se fados opinados E a música Retoma seu rumo.
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Habitar
Habitar teu olhar
Instantes
Sorrir às cores fortes
Catatua e amor
Verde
Na floresta de feitiços
Imagens aguçadas
Penduro meu ser
Amante em ti
Espaço, transe!
Nas rugas do deserto
No saltitar da areia
Ventos em melodia
Silvos de teu nome
Batem,batem…
A PRESENÇA
Estás para cá
Da distância
Num sol espalhado
Derretido, em ápices.
Por entre janelas
Vejo-te em teu véu.
Do cinza nasce o branco
Falta o nítido
Por estares rígida
E só a cortina viver
A brisa deambulante.
Passos para mim
Soam o gongue e o último gesto
Já estendo os dedos desta mão
Voam na vontade
De tanto, tanto… te querer
Aqui onde moras
No repouso das braçadas, do lago
Barca da alma…flutua.
O lugar
As estrelas brilham
Despidas do negro
Trespassam nuvens
Para sorrirem.
Vislumbro-te assim
Próxima, inquieta
Perdida só em espaços
Meditando ao lugar
Onde envolves
Os pingos de pensamento
Que me devolves
Ao sítio onde moramos.
Santuário de nascimentos
Clareando o trilho
Nas madeixas do verde
Caídas do bordo
Entre as cores vistas
Do nosso tom
Tintas de água, sons e cor
Com traços da serra, tu
E do mar, meu
Com o harpejo
Das braçadas no vento.
A LISTA
Pegas na lista. A ementa passa à tua frente, num olhar de ti. Escolhes num ápice uma ideia que te deixa meditando, criando, prolongando o melhor, o pior…
Quando acordas dessa aventura, se és optimista, estiveste na incursão agradável. Se vês mais o lado escuro, ficas a olhar o sonho desabado.
Quem ganha e quem perde nesta longa-metragem? – O positivista ou o negativista?
Já pensaste que foste o realizador de um filme que por ti passou e não investiste, em esforço, em actores, cenários, argumentistas… Puseste em cena as personagens caídas do nada, do tudo, por opção ou simplesmente saídas dum pensamento discorrente e foste o supervisor de todas as cenas. Foste personagem a maioria das vezes e mesmo actor principal. Não recebeste Óscares, mas a tua alma não deglute objectos, nem da matéria se alimenta. Cuidas dela com a introdução de novas ideias e a aceitação não tácita dos outros. Ganhas com o cruzamento de tantos pensamentos, donde surge sempre outra ideia. O rio corre sempre cada vez com mais caudal. Aí podem saciar-se outros pensantes e o teu olhar ganhará o brilho do volume, do carinho do círculo e da chama que se ilumina pelo interior.
O Horizonte
O Horizonte
Adormece aos olhos;
A penumbra
Dá à estepe a chama,
Sem grilhões,
Os sonhos recalcados,
Num semblante, teu.
E os pingos de timbres
Arrastam – me
À certeza virgem
Do lamaçal fértil
Do nascer
Que cresce, quando vens.
E em bicos de pés
Na harmonia
Dum silêncio educado
Colocas um só dedo
Na tez que escuta
O teu imenso querer.
Baloiçam os movimentos
Cruzam-se fados opinados
E a música
Retoma seu rumo.
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